quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tema de pesquisa: UM OLHAR SOBRE A FAVELA

UM OLHAR SOBRE A FAVELA

Artigo:

Origem da favela e considerações sobre sua inserção na cidade do Rio


Origem da favela e considerações sobre sua inserção na cidade do Rio de Janeiro

Para se compreender os aspectos da favela e de seus moradores, deve-se compreender o seu processo de formação. De acordo com Licia Valladares, em seu texto “A gênese da favela carioca”, as primeiras discussões a respeito da pobreza urbana teriam surgido no século XIX. Nesta época, diversos profissionais aprofundaram os seus conhecimentos sobre as classes menos favorecidas com o intuito de descrever e propor medidas de combate à miséria e à pobreza. O foco principal destes profissionais recaiu inicialmente sobre a moradia, mais especificadamente, sobre o cortiço, apontado posteriormente como a origem das primeiras favelas.
A favela inicialmente era vista como um espaço de ocupações temporárias. Somente passando a ser reconhecida no cenário do Rio como um problema a partir do momento em que a elite e os intelectuais da época sentem a influência direta destas ocupações no espaço urbano em geral.

“[...]Os primeiros interessados em esmiuçar a cena urbana e seus personagens populares voltaram sua atenção para o cortiço, considerado no século XIX como o lócus da pobreza. [...] O cortiço era tido como antro não apenas da vagabundagem e do crime, mas também das epidemias, constituindo um espaço de ameaça às ordens social e moral.”
“Os estudiosos do cortiço no Rio de Janeiro mostram que esta forma habitacional correspondeu à “semente da favela”.
VALLADARES, Licia. (2000), “A gênese da favela carioca. A produção anterior às ciências sociais”. Publicado na Revista Brasileira de ciências Sociais – VOL. 15 nº 44

“construídas contra todos os preceitos de hygiene, sem canalisações d’agua, sem exgotos, sem serviço de limpeza pública, sem ordem, com material heteróclito, as favelas constituem um perigo permanente d’incendio e infecções epidêmicas para todos os bairros através dos quaes se infiltram.”
AGACHE, Alfred (1930), Cidade do Rio de Janeiro: extensão remodelação – embelezamento. (p. 190)
Rio de Janeiro, Prefeitura do Distrito Federal.

Portanto, essas preocupações com a população de baixa renda e com suas moradias surgiram paralelamente às políticas de saúde pública, saneamento e embelezamento do Rio de Janeiro, na qual se empenharam jornalistas, médicos, engenheiros e outros profissionais preocupados com o futuro da capital da República.
Para estes profissionais que primeiramente analisaram a favela, esta constituía um território de desordem social, antiestético, insalubre e sem saneamento. Além representar o berço do crime na cidade. Sabe-se que, nesta época, por não haver ainda estatísticas oficiais sobre o espaço e a população da favela, muitas destas descrições eram baseadas apenas na observação superficial do lugar. Posteriormente, a partir de 1949, data da publicação dos dados do Primeiro Censo das Favelas - realizado pelo IBGE e executado pelo Departamento de Geografia e Estatística da Prefeitura do Distrito Federal - os vários aspectos da população carioca das favelas puderam ser mais bem detalhados – qualidade de vida, renda, cargos ocupados, escolaridade, condições de saneamento, dentre diversos outros fatores. Estas características foram agrupadas por regiões da capital e puderam ser analisadas com mais cautela.
A partir destes dados também, a relação da vida econômica e social da capital, com a população de baixa renda, passou a ser estudada com base em informações mais precisas. Assim como foram colocadas em questão várias generalizações e opiniões públicas a respeito da favela – como, por exemplo, a afirmação de que seus moradores se apropriaram do território sem pagar nada por ele, ou a idéia de que a maioria dos moradores da favela não trabalha e que boa parte está ligada ao crime e ao vandalismo.

Como revela um dos resultados apurados pelo IBGE, com relação às categorias Socioocupacionais dos moradores das favelas do Rio:

0,8% dos moradores compõem a elite;
5,6 a pequena burguesia;
15,2 a classe média;
27,8 para Operário;
33,5 Proletários do Terciário;
17,1 compõem os Subproletários.
Fonte: Fundação IBGE. Censo Demográfico 1991.

(1)Elite: empresários e executivos dos setores público e privado e profissionais de nível superior; Pequena Burguesia: pequenos empregadores do serviço doméstico e comércio; Classe Média: Empregados em ocupações de rotina, supervisão, segurança, ensino básico e técnicos; Operários: Trabalhadores da Indústria e construção civil; Proletários do Terciário: Prtestadores de serviço e comerciários,
Subproletários: Trabalhadores domésticos, ambulantes e biscateiros.

Entretanto, antes mesmo destas pesquisas serem feitas, alguns profissionais já haviam tentado dissolver tais idéias e generalizações amplamente difundidas na mentalidade da população a respeito das habitações populares - como o engenheiro civil Everardo Backheuser, ao descrever o morro da Favella:

“[...]Alli não moram apenas desordeiros e os facínoras como a legenda espalhou; alli moram também operários laboriosos que a falta ou a carestia dos cômodos atira para esses logares altos, onde se goza de uma barateza relativa e de uma suave viração que sopra continuamente, dulcificando a rudeza da habitação.”
BACKHEUSER, Everardo. (1906, Habitações populares. Relatório apresentado ao EXM. Sr Dr. J.J Seabra, Ministro da Justiça e Nnegócios Interiores. Rioo de Jneiro. Imprensa Nacional.)


Também o jornalista João do Rio, ao descrever as condições de moradia no morro de Santo Antônio, já comentara o fato de muitas moradias, mesmo sendo extremamente precárias e assentadas sobre terreno irregular, serem adquiridas pelos moradores através da compra:

“[...]O certo é que hoje há, talvez, mais de quinhentas casas e cerca de mil e quinhentas pessoas abrigadas lá por cima. As casas não se alugam, vendem-se [...] o preço de uma casa regula de 40 a 70 mil réis.” Tôdas são feitas sobre o chão, sem importar as depressões do terreno, com caixões de madeira, folhas-de-flandres, taquaras.”
RIO, João do. (1911), “Os livres acampamentos da miséria”, in L. Martins (org), João do Rio (uma antologia), Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro/Sabiá.

A contraposição entre os pensamentos da população em geral a respeito da favela, difundidos na época, e o resultado das pesquisas feitas a partir do Censo das Favelas de 1941, nos faz pensar que as idéias dos cidadãos do Rio residentes fora da favela, sobre este espaço surgiram da observação superficial, ou estavam sustentados por constatações a partir de casos isolados. Posto que, o que as pesquisas revelaram é que boa parte da população da favela paga aluguel por suas casas, ou pagaram uma quantia por elas logo que se mudaram. E que a maioria dos residentes são trabalhadores, formais ou informais.
Essa primeira impressão da população sobre a favela pode ser explicada pelo seu impacto na paisagem da cidade. Por exemplo, um cidadão que nunca analisou a fundo as habitações populares e sua complexidade, ou alguém que nunca tenha lido sobre as origens das habitações populares, ao adentrar no espaço da favela, provavelmente, a enxergaria como um espaço diferenciado no interior da cidade. E talvez até alheio a ela. Poderia criar a ilusão de que a população da favela estaria, de certa forma, apartada da cidade. As habitações precárias assentadas sobre topografia irregular inseridas na paisagem organizada da cidade, poderia contribuir para esta impressão.
Porém, sabe-se que os moradores da favela se sociabilizam e estão inseridos no mercado de trabalho. O que está claramente evidenciado no filme “Santa Marta, Duas Semanas no Morro” (1987). O filme mostra, também, o desejo dos moradores de serem entendidos pela população da cidade em geral, como uma comunidade, aonde existem regras, aonde se faz política e aonde há cooperação. Constituindo um espaço social semelhante, em diversos aspectos, a espaços variados da cidade do Rio.

Amanda

terça-feira, 14 de julho de 2009

INTERVENÇÂO - Making of e Análise crítica do processo e do produto






















Intervenção - Trabalho da disciplina Plástica e expressão gráfica
1º período
Grupo: Sarah Coeli, Bárbara Groppo, Lucas Andrade, Tiago Cícero, Fernanda lima, Rebeca, Maria Clara, Amanda Faluba
Local Escolhido: Laboratório de Metais
ESCOLHA DO LOCAL
Após vasculhar vários locais da Escola de Arquitetura da UFMG, à procura de um local adequado no qual pudéssemos intervir, chegamos ao Laboratorio de Metais, uma sala isolada do resto da escola e que não é usada há alguns anos. Definimos que tal local atenderia às nossas espectativas devido, principalmente, aos diversos materiais que possuía e aos espaços vazios da sala, que revelavam grande potencial para que pudéssesseos transformar o espaço utilizando muitos dos seus próprios componetes. A presença de grandes máquinas na sala também nos chamou bastante atenção, sendo marcantes no ambiente e tornando-o bastante expressivo como um todo. Além do espaço das máquinas, havia outros cômodos ligados ao Laboratório - um escritório e um depósito. O escritório estava ligado à sala principal por uma abertura na parte superior de uma parede e, obviamente, por uma porta. O acesso aos outros espaços também se dava por portas.

O ponto de partida















Depois de termos definido que o Laboratório de Metais era o ambiente mais apropriado da EAUFMG para execução das nossas idéias, começamos as nossas primeiras discussões sobre o trabalho. As nossas considerações iniciais diziam respeito às dimensões do espaço escolhido e à demanda, neste sentido, da proposta de trabalho. Como ainda não tínhamos idéias concretas sobre o que faríamos para expor o que havíamos criado na Escola de Arquitetura (que era a proposta-chave da intervenção), não podíamos, ainda, definir de forma precisa os espaços a serem usados dentro do Laboratório. Mas precisávamos tomar alguns pontos de referência. Primeiramente pensamos em explorar o depósito de materiais, a sala principal do laboratório de metais e o escritório ao lado. A sala principal, aonde se encontram as máquinas, foi o ponto de partida para a realização do nosso trabalho. No decorrer das discussões, a questão mais abordada, e também a mais difícil para nós, a princípio, era encontrar uma maneira de articular o espaço de modo a fazer referência aos nossos trabalhos já realizados na escola de arquitetura e, ao mesmo tempo, interligá-los às máquinas. Sem tirar nenhuma conclusão definitiva à respeito desta questã, começamos a explorar os materiais disponíveis no Laboratório de metais, para que as idéias pudessem surgir aos poucos. Encontramos na sala metais de formatos variados, uma luminária, grandes placas, uma cabine e diversos componentes que foram de grande utilidade.
















Trabalhando sobre as máquinas


Primeira Máquina












Escolhemos uma das máquinas e sobre ela colocamos algumas placas de metais quadrangulares, encontrados isolados no próprio Laboratório. Debaixo das placas de metais, haviam desenhos de edifícios, feitos pelos integrantes do grupo, e enquadrados em molduras prateadas de papel. Para ver o desenho, o visitante devia puxar uma "alça" de metal da placa. Ainda nesta máquina foi aplicada uma proposta, mencionada pelo grupo já nas primeiras discussões, que era a de trabalhar com sons acionados através de sensores de luz. Surgiu, então, a idéia de instalar os sensores de luz embaixo das placas de metais. Assim, essas placas impediriam que a luz da sala atingisse os sensores. (Era interessante que os sensores não recebessem luz o tempo todo, mas somente quando "o circuito precisasse ser fechado". O resultado esperado era que quando alguém levantasse qualquer uma das placas os sons fossem ativados. Para isso, os sensores foram ligados a uma placa de teclado, na qual cada combinação de dois fios representa uma letra. Associando cada letra ativada, a um som diferente, no programa Processing, atingiu-se o que foi havia sido proposto - a ação de levantar determinada placa de metal estava interligada à ativação de um som específico. Em resumo: Sempre que alguém levantasse uma placa, o sensor de luz era iluminado, acionando uma "letra" no processing, que fazia tocar o som pré-determinado. Este som passou por um amplificador para que atingisse toda a sala. Essa proposta foi trabalhada desde os primeiros dias e para que fosse realizada foram necessários muitos testes, tanto com relação à programação, no processing, do acionamento dos sons, quanto com relação à iluminação adequada. Pois a luz direcionada à máquina deveria acionar todos os sensores e, ao mesmo tempo, estar em harmonia com o "padrão" de iluminação da sala - luzes concentradas nos pontos relevantes da intervenção.


















Segunda máquina








O que mais chamava atenção na máquina eram os rolos. Tivemos a idéia então de acrescentar um rolo à máquina com um desenho de outra parte da sala. O local escolhido para ser representado foi a cabine de comunicação com o outro grupo, com as linhas e o tablado de acesso à ela.


Terceira máquina




























Para fazer referência aos nossos trabalhos de História da Arte Antiga, fizemos maquetes de papel do Coliseu e Partenon. Então, colocamos as maquetes dentro de caixas retangulares. Estas caixas estavam cobertas internamente com papéis laminados e tinham uma das faces abertas, a qual estava presa à terceira máquina. As maquetes podiam ser vistas então por um orifício circular da máquina, de dois centímetros de raio. As maquetes eram iluminadas dentro das caixas por quatro leds, ligados a baterias. A luz vinda de dentro do orfício era perceptível ao visitante, que então tomava a atitude de olhar o que tinha lá dentro.



Comunicação com outro grupo

Uma das propostas da intervenção era que os grupos interagissem. Cada intervenção deveria dialogar com uma outra, proporcionando comunicação entre os espaços isolados EAUFMG. A comunicação do grupo do Laboratório de Mateais foi feita com o grupo que trabalhava nas escada da Escola. A comunicação acontecia na cabine do Laboratório, que ocupava espaço dentro da sala e não tinha função alguma. Decidimos receber os sons produzidos na escada, e enviar para o grupo da escada imagens em tempo real da nossa intervenção. Não era interessante para a nossa intervenção que o visitante entrasse dentro da cabine, como se entra numa cabine de telefone. Mas sim que pudesse ouvir os sons da escada, sem se "desconectar" do ambiente da intervenção. Este acesso direto à cabine foi impedido por barbantes prateados, fixados desde o alto da cabine até o tablado. Esses barbantes, ao mesmo tempo que delimitavam o espaço de acesso que queríamos, serviam para conduzir o visitante até o local aonde haveria a comunicação. Além disso, eram uma referência ao trabalho do grupo com o qual nos comunicávamos, os quais utilizaram barbantes para expor desenhos, fazendo também uma alusão aos pontos de fuga dos desenhos.


ILUMINAÇÂO



















A baixa iluminação se adequou bem ao ambiente do Laboratório e possibilitou que destacássemos as máquinas no ambiente, direcionando uma luz a cada uma delas. As luminárias que fizemos eram de madeira e as suas tampas, de papel paraná com um orifício, sendo que o orifício de cada luminária era diferente, pois deveria se adequar ao formato da máquina. As lâmpadas foram ligadas em paralelo, em grossos fios, os quais fixamos no teto.


Exposição de metais


Depois de termos decidido deixar a sala das máquinas inteiramente à mostra, recolhemos metais de formatos variados e decidimos expor na sala, sobre uma mesa, em um canto da sala que não havíamos utilizado. Entretando, era interessante que os visitantes não tivessem acesso à este local, pois poderiam se machucar com os metais ou com as máquinas de corte, embora estivessem todas desligadas. Impedimos esse acesso direto ao local colocando uma grade, e uma grande placa de metal quadrangular, entre os metais e o visitante. Uma luminária de metal, da própria sala, que haviamos consertado anteriormente, encaixou-se bem no "ambiente" montado. Os variados formatos dos metais, juntamente com a luminária ressaltaram os diversos formatos dos metais através das sombras produzidas na parede. Posteriormente, colocamos um espelho atrás da mesa de metais, para dar profundidade.




































Realidade Aumentada



O escritório ao lado da sala principal ficou reservado para a realidade aumentada. O material usado foi uma câmera, um computador e um projetor. Um cubo foi projetado na parede. Quando o visitante girava o papel, o cubo projetado fazia o mesmo movimento. Para facilitar o manuseio do papel, e torná-lo mais interessante, o fixamos em uma das máquinas. O manuseio de peças da extremidade da máquinha, fazia com que o papel girasse em vários sentidos.

domingo, 10 de maio de 2009

2º Trabalho no Processing


void setup() { size(300, 300); noStroke(); smooth();}
void draw() { background(255); fill(0, 0,255); ellipse(width/2, height/2, mouseX, mouseY); fill(0, 255,0); ellipse(width/2, height/2, mouseX*mouseX/100, mouseY*mouseY/100); fill(255, 0,0); ellipse(width/2, height/2, mouseX*mouseY*mouseX/15000, mouseY*mouseX*mouseY/15000); fill(255, 255,0); ellipse(width/2, height/2, mouseX*mouseX*mouseX*mouseX/15000000, mouseY*mouseY*mouseY*mouseY/15000000);}


quarta-feira, 6 de maio de 2009



Explorando o processing




int a = 100;
background(250, 30, 10);
size(280, 200);
for(int i = 0; i {
line(50, 50, i, 25);
}
for(int j = 60; j<160 j="">{
line(110,25,j,50);
}

for(int k = 50; k<100>
{
line(25, k, 75, k);
}
for(int q = 50; q<100>
{
line(85,q, 135, q);
}
for(int p = 120; p<220>
{
line(170, 50, p, 25);
}
for(int r = 50; r<100>
{
line(145,r, 195, r);
}
for(int s = 180; s<280>
{
line(230, 25, s, 50);
}
for(int t = 50; t<100>
{
line(205,t, 255, t);
}
for(int u = 120; u<150>
{
line(0, u, 280, u);
}
fill(60,10,60);rect(0,150,20,50);fill(200,100,20);ellipse(45,174,50,50);fill(200,200,40);rect(70,150,20,50);fill(100,120,50);ellipse(115,174,50,50);fill(100,150,120);rect(140,150,20,50);fill(20,190,50);ellipse(185,174,50,50);fill(80,120,100);rect(210,150,20,50);fill(100,70,95);ellipse(255,174,50,50);



















Inhotim

A idéia de visitar um museu de arte em Brumadinho, à princípio, não me trouxe grande
entusiasmo. Talvez porque me tenha vindo à mente a imagem de uma pequena galeria. Porém, o site de apresentação do museu me trouxe curiosidade. Em primeiro lugar, pelo fato de a arte
interagir com o ambiente natural, juntamente com o visitante. Pois as diversas galerias
estão espalhadas pelo parque botânico...Em segundo lugar, pela diversidade das obras - pintura, escultura, desenho, fotografia,
vídeo - do Brasil, dos Estados Unidos e da Alemanha.E por último, vale destacar também o fato de o museu não "ter sempre a mesma cara", pois a cada dois anos uma nova mostra é apresentada, apontando o que há de novo e criando
reinterpretações do que já existia... O que é essencial para uma melhoria da forma de
realizar as exposições.
Penso que o principal papel de um museu é o de oferecer as máximas condições para que o
visitante possa expandir a sua experiência, e o seu conhecimento, à respeito do que lhe é apresentado. Absorvendo o máximo de cada obra que ele tenha visto. Por isso, é tão importante o ambiente no qual a arte está inserida...Neste sentido, o Inhotim parece atender bem aos vistantes.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Discussão sobre objetos



Obstáculo para remoção de obstáculos?
Um objeto de uso é algo do qual se utiliza para remover obstáculos, ou "solucionar problemas". Porém, retomando as origens da palavra, em grego, objeto significa problema. Isso gera contradição: O objeto é um obstáculo para remover obstáculos.A partir destas idéias podemos considerar dus razões que levam um objeto a ser um obstáculo para nós. A primeira é o fato de necessitarmos dele para prosseguir. A segunda é por estarem sempre no meio do caminho. Para sair deste dilema os objetos devem ser projetados de modo que ao mesmo tempo que ajudem a prosseguir, as obstruções sejam minimizadas. Os objetos são mediações entre os homens, entre quem os cria e quem os utiliza. Por isso seu projetio de criação envolve responsabilidade. Atualmente a criação está voltada cada vez mais para a utilidade, o que viabiliza o progresso técnico científico, mas deixa de lado a criação voltada para outros homens, mas deixa de lado a criação voltada para outros homens, a criação responsável. No entanto, a projeção de objetos de uso imateriais é um indício de que a atitude dos projetistas pode estar começando a mudar. Programas de computador e redes de comunicação, por exemplo, permitem que outros homensn sejam vistos por trás deles. Sua facemediátrica, intersubjetiva, dialógica é visível.

Amanda Faluba

Pandeiro luminioso...

Pensei em uma forma de associar o som às luzes... Assim... Quando o som tocado fosse grave, luzes azuis e verdes acenderiam, e quando o som fosse agudo, a luz acendida seria vermelha...


Assim montei o circuito de forma que quando o impacto no pandeiro ocorre em local que produz um som mais agudo, o circuito dos Leds vermelhos se fecha. E quando se toca em local relativo ao som grave, o circuito de leds azuis e verdes se fecha...

O circuito se fecha através de uma mola, que com o impacto no local adequado e o balançar do pandeiro, encosta numa placa condutora colada no couro... fazendo com que as respectivas luzes se acendam...



domingo, 29 de março de 2009

Um Blog pessoal é uma coisa engraçada! Agente expõe nossas idéias, sonhos, expectativas, fatos do
cotidiano, às vezes como uma forma de desabafo, de encontrar alguém que nos entenda, mesmo que em outra parte do país, ou do mundo. Mas no fundo no fundo agente escreve pra gente mesmo, para tentar juntar os cacos de uma vida fragmentada, dividida em emoções e idéias muitas vezes desconexas. Escreve-se para tentar decodificar a própria vida e dar-lhe assim um sentido maior, um sentido que possa ser traduzido em palavras.
Diferente do diário pela facilidade de postagem e pela acessibilidade por parte dos leitores, o blog tem um valor que poucos descobriram, permite que divulguemos nossos escritos pra qualquer pessoa ou que mantenhamos nosso endereço anônimo, em certa medida.
Ter um blog conhecido e muito acessado tem vantagens e desvantagens. A vantagem é poder
ser ouvido, e perceber, através dos comentários, que pessoas em lugares distantes
passam pelas mesmas situações, e que vocês podem se ajudar através da troca de
experiências. Além disso, nossos escritos podem servir de referência para alguns, assim como seus comentários podem satisfazer a nossa necessidade de ser compreendido.

A desvantagem principal é que várias coisas que você poderia expor em um blog "anônimo", não é possível expor em um blog público, ou porque é pessoal demais, ou porque suas idéias não
condizem com o senso comum, e você pode ser apedrejado por pensar diferente. A experiência que tenho com blog é esta: quanto mais público se torna, mais impessoal é o seu conteúdo.
Outro ponto interessante é ter a oportunidade de ler seus próprios escritos anos depois de
publicados. Percebemos que situações que nos pareciam importantíssimas, em sua maioria não eram nada demais, e já não fazem sentido algum. Agente acaba rindo da gente mesmo, de como agente era e das coisas com as quais agente se preocupava.
Através de um antigo diário virtual, podemos lembrar dos desafios difíceis já superados, e assim perceber que não adianta se desesperar diante das situações atuais, devemos sim fazer a nossa parte e esperar que o tempo faça a dele. Ao ler sobre os nossos velhos objetivos, notamos que muitos deles foram alcançados, outros deixaram de fazer sentido, e lembramos também de dar mais atenção à algumas metas que ainda são importantes, mas que foram deixadas de lado, por algum motivo...
Visitar um velho blog é entender um pouco mais a própria vida e os caminhos percorridos até chegar onde você está. É juntar o quebra-cabeça da própria personalidade, que em certas fases muda muito rápido, devido às necessidades que a vida impõe.

Entrei neste assunto porque ontem vistei um antigo blog que mantive durante 3 anos e que
possuía de 8.000 a 10.000 visitas por mês. Por causa disso, por muito tempo permaneci com a terrível mania de escrever sempre como se houvesse um público para ler.

Apesar de há um bom tempo o velho blog ter sido tirado do ar...Pude acessá-lo através do site http://www.archive.org/. O endereço possui a seção WAYBACKMACHINE, que armazena
outros sites da internet, permitindo que visitemos páginas que não existem mais na rede, ou que
vejamos layouts antigos de sites existentes!

sexta-feira, 27 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pesquisa



Flanêur

O verbo francês "flanar" significa caminhar, já a palavra flanêur ganhou um significado específico - caracteriza o homem que perambula pelas ruas explorando seus mínimos detalhes.
O flanêur costuma caminhar como se não tivesse um destino definido, descrevendo, analisando ou apreciando ruas e becos. Qualquer cena vista pelo flanêur ganha interpretações novas, e observações relevantes e, embora às vezes óbvias, não são percebidas por aqueles que passam destraídos pelos mesmos trajetos. O flanêur não busca grandes monumentos ou pontos turísticos, sua atenção está voltada para o espaço urbano de uma forma geral e ele está aberto às impressões que a rua lhe passa. Estas impressões lhe servem às vezes como refúgio, como abrigo ou como forma de se identificar com a sociedade.
Amanda Faluba

Parkour

Parkour é um esporte que virou moda atualmente. Seu objetivo é fazer determinados percursos de forma rápida, contornando diversos obstáculos. Os praticantes do parkour saltam, escalam grandes muros e rolam no chão com agilidade, utilizando muitas vezes o espaço público como cenário de suas manobras. Sua prática exige muito treinamento, concentração e que o praticante esteja atento para observar as diversas formas dos objetos e construções, que podem constituir possíveis obstáculos a serem ultrapassados em seu percurso. Para ser adepto do parkour é necessário boa forma física, agilidade e treino. Além de demandar criatividade, pois seus praticantes precisam inventar a cada dia novas maneiras de se deslocar em diferentes espaços. A prática do parkour ensina que o indivíduo pode sempre buscar maneiras diferentes de se relacionar com o meio que o cerca.
Amanda


Teoria da Deriva

Constitui-se do estudo da relação entre as associações emocionais e intelectuais dos indivíduos com o meio urbano que os cerca. Um indivíduo se lança à deriva, caminha sem uma direção definida, deixando que o meio urbano o conduza, ao mesmo tempo em que questiona a respeito das razões que o levaram a seguir por determinados caminhos. O estudo da teoria da Deriva pode intervir nas cidades e transformar a arquitetura e o urbanismo, sob a persectiva de que o meio permite a situação em que vivemos.
Amanda